LABORATÓRIO DE COLISÕES DE ELÉTRONS:

No Laboratório de Colisões de Elétrons, operacional há seis anos no Instituto de Física da UFRJ, estuda-se a ionização e a fragmentação de diferentes moléculas no estado gasoso quando impactadas por elétrons, pela técnica de espectrometria de massa por tempo de voo. Os tipos de dados obtidos são: 1) a seção de choque absoluta de produção de cada fragmento, que permite saber qual a probabilidade de cada um deles ser formado em uma colisão; e 2) a distribuição de energia cinética destes produtos, quantificando o estado final das espécies uma vez que a molécula se fragmente. A medida da seção de choque possibilita elucidar qual a quantidade final de cada espécie resultante no sistema, enquanto a medida de suas distribuições de energia fornece informações sobre as consequências destas colisões – por exemplo, como que estes fragmentos poderão reagir com o sistema ao redor. Com isso, é possível pesquisar o efeito de elétrons incidentes tanto em atmosferas planetárias (com moléculas presentes tanto na atmosfera terrestre quanto na de outros planetas, satélites e cometas, como nitrogênio, oxigênio, metano, CFCs, etc.) quanto quando usados em radioterapia (com moléculas presentes no corpo humano, como água e moléculas precursoras do DNA).

OFICINA NO LABORATÓRIO DE COLISÕES DE ELÉTRONS:

Nesta oficina, o Laboratório de Elétrons será apresentado, destacando-se as motivações das pesquisas realizadas, a física por trás da espectrometria de massa por tempo de voo, e a parte experimental. A oficina terá três objetivos:
1) Apresentar os objetivos e os estudos de interesse que direcionam as linhas de pesquisa do laboratório.
2) Familiarizar os alunos com o aparato experimental, discutindo-se seus principais componentes e fornecendo a oportunidade de manusear alguns deles, como o controle do canhão de elétrons, a linha injetora de gás (com o qual os elétrons colidem) e o programa de aquisição de dados.
3) Medir um espectro de tempo de voo do ar ambiente, analisando as moléculas que o compõe e as contaminações presentes, incluindo discutir diferenças nas proporções esperadas dos principais componentes (nitrogênio e oxigênio).